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Elas por VOCÊ: Dra Luciana França
Mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética das mamas: qual a diferença?
Muitas mulheres têm dúvida sobre esses exames: por qual exame começar? preciso fazer mamografia? qual deles tem radiação?Neste artigo vamos falar sobre as principais características, diferenças e indicações de cada método de rastreamento e diagnóstico de doenças da mama.
A mamografia é o exame capaz de reduzir mortalidade pelo câncer de mama, sendo obtida através de raios-x, ou seja, é um método que usa radiação ionizante (preciso parar esse texto para falar: a dose usada na mamografia é considerada segura se usada de forma racional).
É aquele exame famoso que aperta por alguns segundos a mama entre duas “placas” para gerar as valiosas imagens e através dela, podemos encontrar calcificações, nódulos, distorções arquiteturais etc.
A principal limitação da mamografia é nas mamas densas, quando pequenos nódulos podem ficar ocultos neste exame.
Capaz de identificar alguns tumores em fase inicial, possibilitando tratamentos menos agressivo e maiores chances de cura.
Mamografia salva vidas.
A ultrassonografia utiliza ondas de som com frequência acima da capacidade de audição do ouvido humano, gerando as tais imagens de ultrassom. Logo, não usa radiação ionizante (como é uma dúvida muito frequente, vou repetir: ultrassom não tem radiação ionizante).
É um excelente método para avaliação de mamas densas, de próteses de silicone e também para esclarecer achados da mamografia (por exemplo quando vemos um nódulo circunscrito na mamografia, precisamos fazer ultrassom para saber a natureza dele: é cisto? Sólido? ).
Já a ressonância magnética das mamas é o mais recente dos métodos e usa um grande campo magnético para diferenciar com MUITO detalhe os tecidos da mama. Quando é feito para rastrear doenças na mama, precisa ser feito COM contraste (a base de gadolínio, diferente da tomografia). É o método com maior sensibilidade para identificar câncer de mama.
É indicada para rastreamento nas mulheres com alto risco para desenvolver câncer de mama ao longo da vida, pode ser usada para avaliação próteses de silicone, controle pós quimioterapia, estadiamento (quando a pessoa tem um câncer de mama conhecido e há interesse em avaliar melhor o tamanho e a presença de outros focos na mama) ou para resolver problemas clínicos.
Embora seja um método muito moderno e com grande capacidade de identificar tumores, fazer ressonância das mamas não significa que a mulher deve abandonar os outros exames, certo? São complementares e costumamos começar pelos menos complexos.
Cada exame tem suas particularidades e eles podem se complementar. Conhecendo sua história e seu exame clínico, seus médicos assistentes podem te ajudar na escolha do melhor exame para você.
Dra Luciana França
Médica Radiologista
Maceió - AL
CRM AL 5665 - RQE 3605
@lucifranca